"Seu filho pode estar com leucemia"
Com apenas um ano e 11 meses de vida, João Daniel, o João Bombeirinho, morador de Maringá, no Paraná, foi diagnosticado com leucemia. “Seu filho pode estar com leucemia, encaminharemos para o Hospital do Câncer”, as palavras ditas pelo médico nunca foram esquecidas pela mãe, principalmente o que viria depois: o filho dela realmente estava com a doença.
“Chorei três dias sem parar”, diz Ana Paula Estevam, mãe do pequeno João e de mais dois garotos mais velhos. “Mas, a partir daí, tive consciência de que meu filho precisava de mim”, conta. Segundo Ana, tudo começou com uma febre que o filho teve durante a noite. No outro dia, ela notou um caroço no pescoço de João Daniel, suspeitou que fosse caxumba, e procurou um hospital. Depois de vários exames e da confirmação da leucemia, “nossa luta começou”.
Ana conta que teve que criar uma nova rotina de vida e começou a se dedicar cada vez mais à busca pela recuperação do filho. Nesse início de tratamento, o marido, pai de João, se separou da mãe e não deu mais suporte ao filho, segundo ela conta. Ainda assim, Ana e João prosseguiram. Entretanto, “depois de três anos constatou-se que a doença não tinha regredido”, foi quando os médicos encaminharam João para transplante.
João Bombeirinho
Nesse período, os dois enfrentaram muitas dificuldades, até que a mãe de João se casou novamente e hoje “ele tem um pai”, ela diz. Apesar de tanta luta, atualmente aos cinco anos, João é uma criança feliz. “Ele sonha em ser bombeiro”, conta Ana. Desse desejo veio o apelido João Bombeirinho que ele ostenta com orgulho. O menino visita frequentemente o batalhão do Corpo de Bombeiros e foi “adotado” pela corporação. “Ele foi promovido, agora é tenente”, diz a mãe orgulhosa.
Segundo Ana, João é uma criança feliz. A família se esforça para minimizar todo o seu sofrimento, pois passar pelas quimioterapias e internações não é tarefa fácil. Ana criou um blog por onde fala sobre a rotina do filho e toda sua luta. Em um dos posts recentes, ela narra um desses momentos.
Segundo Ana, João é uma criança feliz. A família se esforça para minimizar todo o seu sofrimento, pois passar pelas quimioterapias e internações não é tarefa fácil. Ana criou um blog por onde fala sobre a rotina do filho e toda sua luta. Em um dos posts recentes, ela narra um desses momentos.
“Hoje João fez quimio [quimioterapia], fomos para o hospital 6h30. Ele foi dormindo e quando acordou já tinha enfermeiras em cima dele, para puncionar. Daí ele começou a chorar e falar: não mamãe, não deixa me furar, papai socorro. Nessa hora, comecei a chorar e tentei explicar para ele que era para o bem dele, mas como falar para uma criança que ele vai sentir dor para seu melhor?”, escreveu.
Corrente do Bem
Corrente do Bem
Com o passar dos anos, João passou a questionar a doença. “Ele pergunta o que vai acontecer se não achar a medula. Pergunta para as pessoas na rua ‘você sabe onde está minha medula?’. E diz que não aguenta mais ir para o hospital”, conta Ana. Ele foi liberado para ir à escola, mas não consegue frequentar durante todo mês, por ter que passar tantos dias no hospital.
Enquanto espera pela medula compatível, Ana decidiu não ficar parada. Hoje em dia ela organiza campanhas com incentivo à doação não só para o filho, mas para ajudar todas as pessoas que estão na mesma situação.
A campanha é chamada de “Corrente do Bem” e o nome cabe perfeitamente ao trabalho que ela encabeça. As ações não acontecem somente em Maringá, se estendem a outras cidades do Paraná e de outros Estados. Além disso, ela mantém perfis nas redes sociais Facebook e Twitter.
“Eu vou achar”
“Eu faço campanhas mensalmente. Já estive até em Santa Catarina, temos outras fechadas para Curitiba, vamos fazer em Luziânia, em Goiás; no Mato Grosso...”, contou. “Agora mesmo estou aqui no Correio mandando um material para a Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul”, completou.
A fama de João Bombeirinho ultrapassa fronteiras. “Uma vez ele recebeu pelo correio um caminhão de bombeiros de controle remoto. Foi presente de uma mulher que mora no Japão e conheceu a história dele”, lembra a mãe.
A força de Ana é contagiante e sua esperança é ainda mais animadora. “Eu tenho certeza de que vou achar”, diz a mãe, com a voz firme e determinada. “Essa busca não é só do João, estamos ajudando todas as crianças que buscam medula”, finalizou.
Por Marielly Campos
Por Marielly Campos
7 comentários:
nao é perigoso ele frequentar a escola? expor ele ha varios tipos de virus/
Chorei qdo li o post que é citado na entrevista, principalmente na hora que a Ana diz que vai pedir ao Papai do Céu pra trocar de lugar com ele e ele diz que não, pois ele é que tinha que sofrer, que era forte, que se fosse a mãe quem ia cuidar dela, pois ele é muito pequeno...
O Joãozinho tem um coração tão grande que ainda se preocupa com essas coisas, e ele é só uma criança, já tem um entendimento de uma pessoa que já viveu bastante...
Torço muito pra que achem logo a medula do João, eu já sou inscrita no cadastro de doadores de medula, queria tanto ser conpatível, queria tanto ajudar...
Se vcs precisarem de ajuda aqui em Fortaleza, podem contar comigo, tá???
Beijos, fiquem com Deus...
Que lindo Ana vc é uma guerreira junto com o João e toda sua família, Deus esteja sempre presente com vcs te amamos muito... beijos fiquem com Deus....Tia Rosane e toda família
Leila
também vivi esse drama.Não encontramos a medula.Torço por você e pelo seu filho.Vi muitas crianças ficarem curadas.Cuide bem dos seus outros filhos eles também ficam impactados com toda essa dor.Deus abençoe sua família.
que deus te abençoe liindo menininho. vooçê mereçe porq voçê é um anjo ee um anjo que vai ser curado pelo milagre do nosso senhor jesus. amén
Muiiita foraça Ana,Deus está vendo sua luta e não vai te abandonar.
Chorei quando li seu depoimento,é muito comovente,pode ter certeza que Deus vai curar o João!
Vou pedir a Deus todos os dias q não desampare vocês e que ele salve seu filho.
Nunca perca a fé,no final tudo ficará bem.
Um forte abraço para vocês.
Sou aqui de Paranagua e conheci a história do bombeirinho através da televisão. Ficamos muito emocionados com a história de superação dele. Já sou doadora de sangue e sempre tive o desejo de ser doadora de medula óssea. Daqui alguns dias, quando poderei doar sangue novamente vou me cadastrar p tbem doar medula. Quem sabe não posso ser compatível como João? Deus lhes abençõe.
Postar um comentário